quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Lua Viajante: os 100 anos do Rei do baião

     “Gostaria que lembrasse muito de mim, que sou filho de Januário e de Santana, que decantei os pássaros, os animais, os valentes, os covardes, os pobres, os beatos e o Nordeste. Gostaria que lembrasse que esse sanfoneiro amou muito seu povo e o seu Nordeste." 

   Tema de livros, biografias e filmes, Luiz Gonzaga também foi homenageado pelo samba, tendo destacado-se duas destas homenagens. A primeira que gostaria de citar e, também mais recente, foi através da Unidos da Tijuca em 2012 que terminou por sagrar-se campeã do carnaval carioca com o tema “O DIA EM QUE TODA A REALEZA DESEMBARCOU NA AVENIDA PARA COROAR - O REI LUIZ DO SERTÃO”, enredo de Paulo Barros. No entanto, pelo ponto de vista da narrativa da vida de Luiz Gonzaga, creio fundamental o resgate de uma homenagem anterior, proporcionada pela Unidos de Lucas, uma das mais tradicionais escolas de samba do Rio de Janeiro, que em 1982 levou para a avenida o enredo “LUA VIAJANTE”, de autoria de Carlos D’ Andrade. Naquele ano a obra assinada por Zeca Melodia, Dagoberto de Lucas e Dona Gertrudes foi consagrada como a melhor do carnaval do Rio de Janeiro, ganhando diversos prêmios. O próprio Luiz Gonzaga participou da gravação oficial tocando o seu Fole Prateado e também cantando com Abílio Martins intérprete da Escola. Em 2006 o Galo de Ouro da Leopoldina, como é conhecida a escola, reeditou o mesmo enredo. Relembremos a sinopse desenvolvida por Ricardo Machado e Jairo Souza para aquele ano:
Nas pesquisas realizadas pela Comissão de Carnaval da Unidos de Lucas encontramos:
Essa matéria foi publicada na Edição 464 do Jornal Inverta, em 05/02/2013

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Sobre a Conjuntura: Que Esperar e o Que Fazer?


     "A conjuntura que se apresenta em 2013 aos olhos do proletariado brasileiro e quiçá internacional se assemelha a uma peça de teatro muitas vezes repetida em anos pretéritos (mais proximamente, desde 2007). A trama inteira resulta de duas determinações principais: de um lado, a crise econômico-financeira dos países do capitalismo desenvolvido, ou potências imperialistas; de outro, as estratégias de superação da mesma, levada a cabo pelas oligarquias burguesas nos governos. Embora a tendência do processo seja sempre uma síntese mediada de ambos extremos da contradição, seu conteúdo expressa sempre também o lado para qual propende o pêndulo da história codificando, significativamente, as ações humanas que retroalimentam a tragédia ou farsa sociais. A repetição sucessiva desta representação teatral de mesmo enredo – tendência ao agravamento da crise do capitalismo – à medida que passa a abarcar um público cada vez maior como parte do cenário sob qual se desenrola a trama – os países em desenvolvimento (BRICs) e os países subdesenvolvidos – torna-os espectadores acríticos de sua própria desgraça ao verem a sociedade humana projetar-se sobre o abismo da depressão econômica e do terror da guerra, consumando-se em darwinismo econômico-social através de políticas econômicas malthusianas e pogroms sistemáticos, e não tem a consciência de que como objetos também são sujeitos históricos..."

Essa matéria foi publicada na Edição 464 do Jornal Inverta, em 05/02/2013